O que é Due Diligence no contexto jurídico

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A Due Diligence é uma prática essencial no contexto jurídico, especialmente em operações que envolvem fusões, aquisições e investimentos. O número de Fusões e Aquisições no Brasil está em alta, e foram realizadas 1.582 operações do tipo ao longo do ano de 2024 (Fonte: InfoMoney).



A Diligência Prévia, como é conhecida em português, consiste em um processo de investigação minuciosa de informações legais, fiscais e contábeis de uma empresa ou ativo. Esse processo permite identificar riscos, passivos ocultos e possíveis contingências jurídicas. É, portanto, uma etapa estratégica na tomada de decisões corporativas e na prevenção de litígios futuros.

Neste post, explicamos o conceito, a finalidade, os tipos, os principais pontos analisados e os benefícios da Due Diligence. Veja também como ela se aplica a diferentes cenários e setores da economia.

O que significa Due Diligence na prática jurídica

O termo Due Diligence pode ser traduzido como “diligência devida” ou “averiguação prévia”. No direito, ele representa um conjunto de ações investigativas feitas para avaliar a saúde jurídica de uma empresa. O objetivo é identificar riscos antes da celebração de contratos importantes ou transações societárias.



Trata-se de um levantamento documental, jurídico e regulatório para dar segurança jurídica às partes envolvidas. Esse processo é conduzido por advogados especializados, com apoio de equipes contábil, fiscal e técnica, se necessário, em um trabalho no qual cada área contribui para a análise completa da operação em questão.

Finalidade e importância da Due Diligence

A Due Diligence permite que as partes envolvidas em uma negociação conheçam os riscos envolvidos, ajudando a tomar decisões mais seguras e a evitar surpresas após o fechamento do negócio. Além disso, esse processo orienta ajustes no contrato, como cláusulas de responsabilidade, garantias e preços.



Ela também pode influenciar a decisão de desistir de uma transação caso os riscos sejam altos demais. Para investidores e compradores, portanto, é uma forma de proteger o capital e garantir retorno sobre o investimento. Já para os vendedores, representa a chance de organizar documentos e mitigar passivos antes da negociação.

Tipos de Due Diligence jurídica

Dependendo da natureza da operação, diferentes tipos de Due Diligence podem ser realizados. Cada uma tem um foco específico e um conjunto próprio de documentos e análises. Veja dois exemplos abaixo:

Due Diligence societária

A Due Diligence societária analisa a estrutura jurídica da empresa, incluindo contrato social, alterações contratuais, participação societária e poderes dos administradores. O foco é garantir que a empresa esteja legalmente constituída, regular e sem pendências societárias relevantes, além de avaliar possíveis disputas entre sócios ou restrições legais à venda de cotas ou ações.

Due Diligence trabalhista e previdenciária

Esse tipo examina vínculos empregatícios, passivos trabalhistas e obrigações previdenciárias, buscando identificar riscos como ações judiciais, passivos ocultos e descumprimentos legais.

A análise envolve contratos de trabalho, convenções coletivas, FGTS, INSS e outras obrigações. É comum em empresas com muitos funcionários ou histórico de ações trabalhistas.

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O que se analisa em uma Due Diligence jurídica

Uma Due Diligence bem feita passa por várias frentes de análise e, além dos documentos básicos, busca outras inconsistências e riscos. Os principais pontos analisados incluem:

  • Contratos com clientes, fornecedores e parceiros;
  • Processos judiciais em andamento;
  • Regularidade fiscal e tributária;


  • Licenças e autorizações de funcionamento;
  • Ativos e propriedade intelectual.

A equipe responsável também verifica se há pendências ambientais, regulatórias ou administrativas, e, em setores específicos, podem ser necessários relatórios técnicos adicionais.

Benefícios da Due Diligence para empresas e investidores

Para as empresas, a Due Diligence oferece transparência e organização, sendo uma forma de conhecer os próprios riscos e corrigi-los antes que impactem o valor de mercado. Já para investidores e compradores, é um instrumento de controle e tomada de decisão, pois evita que o investimento seja feito às cegas, baseando-se apenas em promessas ou projeções.

Esse processo também aumenta a confiança entre as partes e contribui para negociações mais equilibradas. Quanto mais transparente a empresa auditada, maior a credibilidade do negócio.

Além disso, a Due Diligence pode resultar em economia: ajustes no valor da operação, inclusão de cláusulas de indenização ou mesmo cancelamento de um negócio arriscado.

Quando e como iniciar uma Due Diligence

A Due Diligence deve ser iniciada logo após a fase preliminar da negociação, no momento em que há intenção real de compra ou parceria, mas ainda não foi firmado o contrato final.

O processo começa com a assinatura de um NDA (Acordo de Confidencialidade), protegendo as informações trocadas. Em seguida, define-se o escopo: quais áreas serão analisadas, prazos e responsáveis.

A empresa auditada disponibiliza uma data room com todos os documentos solicitados, em uma etapa que exige organização e colaboração entre os times envolvidos. Após a análise, a equipe elabora um relatório com os achados, riscos e recomendações e, com base nele, os termos da negociação podem ser ajustados.

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