Alimentos gravídicos: O que diz a lei?

·

Foto-de-mulher-gravida-Alimentos-gravídicos
Foto-de-mulher-gravida-Alimentos-gravídicos

Os alimentos gravídicos são um direito da gestante pouco conhecido, mas de extrema importância para a proteção da vida e saúde do bebê e da genitora. Conforme orienta o portal O Globo, apenas em 2021, houve um aumento de 300% nos pedidos de pensão gravídica, resultando em uma maior conscientização sobre este direito.

Para compreender mais sobre este tema, no post de hoje vamos explorar o que diz a lei sobre os alimentos gravídicos, como funciona a pensão gravídica, o prazo para solicitação, o valor e as consequências caso o pai não arque com os custos obrigatórios da gestação. 

O que inclui alimentos gravídicos?  

Segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), os alimentos gravídicos são um benefício legal destinado a garantir o sustento da gestante durante a gravidez, assegurando o bem-estar do bebê.

Os alimentos gravídicos incluem despesas relacionadas à alimentação, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e outros encargos necessários durante a gestação. 

Este direito visa proporcionar as condições necessárias para que a gestante possa levar uma gravidez saudável, minimizando os riscos para o bebê. Instituído pela Lei nº 11.804/2008, esse benefício pode ser solicitado judicialmente pela gestante, que deve comprovar a paternidade do futuro filho, ainda que de forma indiciária. 

Como funciona a pensão gravídica? 

A pensão gravídica é um direito da gestante que pode ser solicitado desde o início da gravidez, garantindo que ela tenha os recursos necessários para uma gestação saudável. 

Segundo o Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), a gestante pode entrar com um pedido na justiça para receber esses alimentos gravídicos. Para isso, ela precisa apresentar indícios que apontem quem é o pai do bebê, como mensagens, fotos ou testemunhas. Se o juiz considerar essas provas suficientes, ele define um valor que o pai deverá pagar para ajudar nas despesas da gravidez.

Esse valor deve cobrir despesas essenciais, como alimentação, assistência médica e psicológica, exames, internações, parto e medicamentos, entre outros custos necessários para o bem-estar da gestante e do bebê. 

A pensão é devida até o nascimento da criança, momento em que será convertida em pensão alimentícia regular, de acordo com o portal Conjur. Essa medida tem o objetivo de assegurar que a gestante tenha as condições adequadas para levar adiante a gravidez, proporcionando um ambiente saudável para o desenvolvimento do futuro bebê.

Sendo assim, os alimentos gravídicos são fundamentais para garantir o amparo tanto da mãe quanto da criança em desenvolvimento.

Qual é o prazo para requerer alimentos gravídicos? 

O prazo para requerer alimentos gravídicos pode ser iniciado a qualquer momento durante a gestação, desde que a gestante consiga apresentar provas indiciárias da paternidade. 

Segundo o portal Aurum, não há um prazo limite específico para fazer o pedido, mas é recomendável que a gestante solicite o benefício assim que identificar a necessidade de apoio financeiro para cobrir as despesas relacionadas à gravidez. 

É importante destacar que, quanto mais cedo for feito o pedido, mais rapidamente a gestante poderá obter os recursos necessários para garantir uma gestação saudável e segura. Vale lembrar que após o nascimento do bebê, a pensão gravídica será convertida em pensão alimentícia, conforme a necessidade da criança e as condições financeiras do pai.

Qual o valor da pensão para alimentos gravídicos?

Foto-de-mulher-gravida-no-outono-Alimentos-gravídicos

Como já vimos, o valor da pensão para alimentos gravídicos varia de acordo com as necessidades da gestante e do bebê, bem como com as condições financeiras do pai. 

Não há um valor fixo estabelecido para a pensão gravídica. Em vez disso, o juiz responsável pelo caso avalia diversos fatores para determinar um valor justo, podendo chegar até a três salários mínimos. Além disso, o juiz considera a capacidade financeira do pai, ou seja, o quanto ele pode pagar sem comprometer seu próprio sustento. 

O objetivo é garantir que a gestante tenha os recursos necessários para cobrir todas as despesas essenciais durante a gravidez, proporcionando um ambiente seguro e saudável para o desenvolvimento do bebê. Dessa forma, o valor pode variar significativamente de um caso para outro.

Precisa de DNA para alimentos gravídicos? 

Como já mencionado anteriormente, a gestante não precisa de um exame de DNA para solicitar alimentos gravídicos. 

Em vez disso, ela deve apresentar provas indiciárias que indiquem a paternidade, como mensagens, fotos ou testemunhos que demonstrem a relação com o suposto pai. Essas provas são suficientes para que o juiz avalie a plausibilidade da paternidade e, caso as considere convincentes, determine o pagamento da pensão gravídica. 

O objetivo é garantir que a gestante tenha acesso aos recursos necessários para uma gestação segura, mesmo sem a confirmação definitiva da paternidade. 

Após o nascimento do bebê, se houver dúvidas sobre a paternidade, pode ser solicitado um teste de DNA para confirmação e possível ajuste dos termos da pensão.

O que acontece se o pai não pagar os alimentos gravídicos?

Se o pai não cumprir com a obrigação de pagar os alimentos gravídicos, a gestante pode tomar medidas legais para garantir o recebimento dos valores devidos. Isso porque o não pagamento da pensão gravídica pode resultar em sanções severas previstas em lei. 

A gestante pode entrar com uma ação judicial para cobrar os valores em atraso e o juiz pode determinar a execução da dívida, que pode incluir a prisão do devedor e penhora dos bens desse para pagamentos em atraso (fonte: portal Jus Brasil).

Dessa forma, se o pai não cumprir com a obrigação de pagamento, ele pode ser processado criminalmente por abandono material, levando à pena de detenção de um a quatro anos e multa. 

Portanto, é fundamental que o pai cumpra com suas responsabilidades financeiras durante a gravidez para garantir a saúde e o bem-estar do bebê e da gestante. As medidas legais existem para assegurar que todos os envolvidos recebam o apoio necessário para uma gestação segura e saudável.

Gostou de saber mais sobre alimentos gravídicos? Que tal conhecer nossos cursos de graduação, pós-graduação (presencial e EaD), mestrado e extensão da Escola Paulista de Direito? 

A Escola Paulista de Direito possui 20 anos de experiência em ensino superior na área de Direito com reconhecimento do MEC e conta com milhares de estudantes matriculados, tanto no curso de graduação quanto nos cursos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu. Faça parte da nossa história! Entre em contato agora mesmo com um dos nossos consultores e comece sua trajetória profissional no Direito!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo