
Apesar da redução de 3,4% nas mortes violentas no Brasil em 2023, o país ainda registra uma das maiores taxas de homicídios do mundo, com 22,8 casos por 100 mil habitantes, quase quatro vezes a média global, destaca o portal CNN Brasil. Além disso, uma pesquisa do Datafolha, publicada pelo portal Uol, revelou que 58% dos brasileiros percebem um aumento da criminalidade em suas cidades nos últimos 12 meses.
Nesse cenário, o papel do criminólogo torna-se cada vez mais relevante. Mais do que entender o crime em si, esse profissional atua para identificar os fatores que levam à criminalidade, propor soluções preventivas e contribuir com políticas públicas mais eficazes. Sua atuação não se limita apenas ao campo jurídico, mas envolve uma compreensão ampla de aspectos sociais, psicológicos, culturais e econômicos que influenciam o comportamento humano.
A profissão desperta interesse crescente entre estudantes e profissionais do Direito, especialmente diante da urgência por soluções inteligentes e éticas para os desafios da violência urbana.
Mas afinal, o que faz um criminólogo, como é seu dia a dia e quais caminhos levam a essa carreira tão interdisciplinar e estratégica?
No post de hoje, vamos explorar em detalhes a profissão de criminólogo, suas funções, áreas de atuação, formação necessária e as perspectivas de mercado para quem deseja ingressar nesse campo promissor.
O que faz um criminólogo?
O criminólogo é o profissional especializado em analisar o fenômeno da criminalidade sob uma perspectiva ampla, buscando entender não apenas os atos criminosos em si, mas também os fatores sociais, econômicos e culturais que os influenciam. Sua atuação é voltada à compreensão do crime como um fenômeno multifacetado, que demanda respostas mais complexas do que apenas a punição (Fonte: Jornal da USP).
Diferente de um investigador ou de um perito criminal, o criminólogo não atua diretamente na elucidação de crimes individuais. Seu papel está mais relacionado à pesquisa, ao desenvolvimento de políticas públicas de segurança, à prevenção da violência e à formulação de estratégias baseadas em evidências.
Entre as principais atividades do criminólogo, estão:
- A análise de dados e estatísticas sobre criminalidade;
- A produção de relatórios e pareceres técnicos para instituições públicas e privadas;
- O acompanhamento de tendências criminais e seus impactos sociais;
- A contribuição em projetos de reintegração social de pessoas em conflito com a lei.
Ao invés de intervir pontualmente em um crime, o criminólogo atua como um articulador de conhecimento, auxiliando governos, organizações e empresas na criação de ambientes mais seguros, éticos e socialmente equilibrados. É uma atuação que exige capacidade analítica, pensamento crítico e profundo entendimento da dinâmica social.
Onde esse profissional pode atuar?
A versatilidade da criminologia permite que esse profissional atue em diferentes contextos, colaborando com instituições públicas e privadas na prevenção e no enfrentamento da criminalidade. Seu trabalho é cada vez mais valorizado em setores que demandam análise crítica, capacidade de diagnóstico e compreensão estratégica dos fenômenos sociais ligados ao crime.
Em órgãos públicos, esse profissional pode contribuir em instituições como o Ministério Público, a Defensoria Pública, secretarias de segurança e até mesmo no sistema penitenciário, oferecendo apoio técnico para políticas de prevenção e reintegração social. Em parceria com profissionais do Direito Penal, o criminólogo auxilia na construção de pareceres e análises que ajudam a entender o contexto social de determinados crimes.
No setor privado, é comum encontrar criminólogos atuando em áreas como compliance, análise de riscos, segurança corporativa e investigação interna. Questões como lavagem de dinheiro, fraudes financeiras e crimes cibernéticos exigem uma leitura mais profunda dos fatores que envolvem o comportamento criminoso, campo que se conecta diretamente com o olhar analítico desse profissional.
Além disso, o conhecimento em criminologia tem sido cada vez mais valorizado em ambientes acadêmicos e projetos de pesquisa, onde se busca entender as raízes da violência urbana e desenvolver soluções sustentáveis para o controle social.
De acordo com o portal Quero Bolsa, os estudantes de criminologia também aprendem sobre o papel das instituições sociais, como a polícia, o sistema judicial, as prisões e outras agências de aplicação da lei, na resposta ao crime e na administração da justiça.

Qual a formação necessária para ser um criminólogo?
No Brasil, ainda não existe uma graduação específica para quem deseja atuar como criminólogo. Por esse motivo, muitos profissionais optam por cursos superiores que ofereçam embasamento jurídico e crítico para compreender a dinâmica do crime e do sistema de justiça. Entre essas formações, o curso de Direito se destaca como uma das portas mais consistentes de entrada para essa área.
A formação jurídica proporciona uma base sólida para entender a legislação penal, a estrutura do sistema criminal e os procedimentos legais envolvidos em investigações e julgamentos. Para aqueles que desejam aprofundar seus conhecimentos e alinhar a teoria com a prática, investir em uma Pós-Graduação em Direito Penal e Processual Penal é uma escolha estratégica que amplia as possibilidades de atuação, inclusive em análises criminais e pareceres técnicos.
Além da graduação, a qualificação contínua por meio de cursos complementares, especializações e pós-graduações é essencial para quem pretende atuar com responsabilidade e preparo técnico em campos que exigem leitura crítica e visão sistêmica da criminalidade (Fonte: Educa+Brasil).
A formação de um criminólogo, portanto, exige mais do que apenas conhecimento teórico, ela demanda preparo para lidar com a complexidade dos fenômenos sociais que envolvem o crime, o comportamento humano e a justiça.
Como a criminologia contribui com a atuação pericial?
O conhecimento em criminologia tem sido cada vez mais requisitado em contextos periciais, especialmente diante da necessidade de análises técnicas mais completas e alinhadas à realidade social e criminal do país. A capacidade de interpretar comportamentos, padrões e causas de delitos contribui significativamente para diagnósticos mais eficazes e pareceres com maior embasamento.
De acordo com a revista Exame, cursos de especialização em criminologia agregam valor à carreira de profissionais do Direito, ampliando suas competências na investigação e interpretação de delitos complexos.
A integração entre criminologia e perícia permite uma abordagem mais holística na resolução de crimes, considerando não apenas as evidências físicas, mas também os aspectos sociais e psicológicos envolvidos. Essa perspectiva é crucial para a construção de estratégias eficazes de prevenção e repressão à criminalidade.
Investir em formação complementar na área de criminologia é, portanto, uma decisão estratégica para profissionais que desejam se destacar na atuação pericial, contribuindo de maneira significativa para o sistema de justiça.
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Tornar-se um advogado preparado para atuar em áreas como a criminologia exige mais do que vocação. É necessário iniciar com uma formação sólida, como o curso de Direito.
A partir dessa base, muitos profissionais optam por especializações que os aproximam das práticas investigativas e da atuação técnica junto ao sistema de justiça.
Para quem deseja atuar nesse campo, é essencial buscar cursos que combinem conhecimento jurídico com abordagens práticas voltadas à análise de crimes e à produção de pareceres técnicos. Gostou de saber mais sobre como funciona a profissão de criminólogo?
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