Conselho Empresarial: como funciona?

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Está procurando mais conhecimentos sobre o mundo corporativo? Venha entender como funciona o Conselho Empresarial.

Em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, as decisões estratégicas são fundamentais para a sobrevivência e o crescimento das organizações. É nesse cenário que o conselho empresarial se destaca como um dos pilares da governança corporativa.

Porém, o cenário brasileiro passa por transformações e ainda carece de evolução nesse sentido. Ao longo de 2023 e 2024, um estudo da Exec avaliou o perfil dos conselhos de cerca de cem empresas de grande porte no Brasil e descobriu que 17% deles são considerados eficientes ou eficazes, 34% são maduros e 49% são imaturos. O levantamento analisou as seguintes dimensões nos colegiados: dinâmica, alinhamento com a estratégia, a cultura e a gestão, e o olhar voltado para o digital e para as tendências. O contexto demonstra que a supervisão dos resultados das empresas, para garantir a transparência, não é mais a única preocupação dos conselhos. Os membros envolvidos também precisam ter também um olhar voltado para o futuro, pensar no planejamento estratégico da organização (Fonte: Valor Econômico).

Mais do que um órgão consultivo, o conselho é uma fonte estratégica de orientação, supervisão e experiência, capaz de impulsionar empresas rumo ao sucesso sustentável. Mas qual é o verdadeiro papel de um conselho empresarial e como ele pode fazer a diferença no dia a dia de uma organização?

O que é um Conselho Empresarial?

Segundo a GoNext, os Conselhos Empresariais são estruturas fundamentais para o sucesso da Governança Corporativa pois monitoram e oferecem direcionamento estratégico para empresas.

Eles têm como objetivo atender a diferentes responsabilidades e demandas específicas da instituição na qual estão inseridos. Os tipos de conselhos mais comuns nas empresas são:

  • Conselhos de Administração
  • Conselhos de Família
  • Conselhos de Sócios
  • Conselhos de Herdeiros e Sucessores
  • Conselho Fiscal
  • Conselho Consultivo

Para que um Conselho Empresarial tenha boa performance, é fundamental que seus integrantes tenham grande experiência profissional, conhecimento técnico específico e abrangente em diversas áreas e compreensão sobre Governança.

A existência de um conselho na empresa é vista como importante para aumentar a governança e o valor de uma companhia. Uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral e pela Neo Executive Search aponta que 76% das empresas concordam que a existência de um conselho e de estruturas de governança robusta aumentam o valor da instituição como um todo (Fonte: Terra).

Mas o que é Governança Corporativa?

Como estamos falando de Conselho Empresarial, um termo que frequentemente está associado a temática deste post é o da Governança Corporativa.

O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) o define como um sistema formado por princípios, regras, estruturas e processos pelo qual as organizações são dirigidas e monitoradas, com finalidade de geração de valor sustentável para a instituição, para os sócios e a sociedade em geral. Esse sistema baliza a atuação dos agentes de governança e demais indivíduos de uma organização na busca pelo equilíbrio entre os interesses de todas as partes, contribuindo positivamente para a sociedade e para o meio ambiente.

De acordo com o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, o sistema se apoia em quatro princípios de boas práticas. Adotar os métodos dentro da empresa resulta em um clima de confiança tanto internamente quanto nas relações com terceiros. Veja quais são:

  • Integridade: praticar e promover o contínuo aprimoramento da cultura ética na organização, evitando decisões sob a influência de conflitos de interesses, mantendo a coerência entre discurso e ação;
  • Transparência: disponibilizar, para as partes interessadas, informações verdadeiras, claras e relevantes, sejam positivas ou negativas, e não apenas aquelas exigidas por leis ou regulamentos;
  • Equidade: tratar todos os sócios e demais partes interessadas de maneira justa, levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas, como indivíduos ou coletivamente;
  • Responsabilização (Accountability): desempenhar suas funções com cuidado e independência, visando a geração de valor sustentável no longo prazo, assumindo a responsabilidade pelas consequências de seus atos e omissões;
  • Sustentabilidade: Prezar pela viabilidade econômico-financeira da organização, reduzir os pontos negativos dos negócios e operações, e aumentar os positivos, levando em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais no curto, médio e longo prazos.
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Qual o papel do Conselho Empresarial?

Como mencionado anteriormente, o Conselho Empresarial tem como função monitorar e oferecer direcionamento estratégico para a empresa, pensando no médio e longo prazo. A GoNext explica como alguns deles podem atuar dentro das instituições:

  • Conselho de Administração: fica acima da diretoria executiva da empresa e tem a função de acompanhar e controlar as principais atividades estratégicas do negócio. Entre outras atividades também estão a aprovação da prestação de contas da diretoria e mediação de conflitos de interesses que podem interferir no desempenho da instituição;
  • Conselho de Família: este foca em temas exclusivos dos familiares que tem o controle da empresa. É função desse conselho liderar o planejamento estratégico familiar e capacitar as novas gerações para os futuros desafios, além da transmissão do legado familiar;
  • Conselho de Sócios: trabalha com temas relacionados ao patrimônio como transações entre eles, distribuição de lucros e diretrizes de riscos corporativos;
  • Conselho Fiscal: é um órgão fiscalizador independente que busca a prestação de contas da empresa de maneira transparente;
  • Conselho Consultivo: é formado por um grupo de profissionais experientes e especialistas. Eles se reúnem periodicamente para oferecer aconselhamento estratégico e orientações ao conselho de administração. Importante ressaltar que o conselho consultivo não tem poder final de decisão dentro da empresa.

Que habilidades um conselheiro empresarial precisa ter?

A Harvard Business Review publicou um estudo que lista cinco inteligências para o profissional desenvolver com intenções de fazer parte do conselho de uma empresa. Vamos ver quais são:

  • Financeira: ser conselheiro vai além de ter familiaridade com números. Nessa posição, é preciso entender a estrutura econômica empresa, como os fluxos de caixa funcionam, entre outros pontos;
  • Estratégica: é importante considerar tendências externas, concorrentes e garantir uma conexão sólida entre planejamento e finanças projetadas. Em outras palavras, o conselheiro precisa entender dos números e incorporar isso às estratégias da empresa;
  • Relacional: uma habilidade mais que essencial para qualquer profissional. Para subir ao conselho, é necessário construir relações eficazes com outros diretores, executivos e stakeholders;
  • Funcional: nesse ponto, os membros do conselho devem entender sua contribuição única para as discussões dentro da empresa, ou seja, saber quando e como intervir para ajudar de forma mais assertiva, além de estar ciente do papel e das responsabilidades que tem na instituição;
  • Cultural: o conselho precisa criar um ambiente de transparência e confiança dentro da empresa, além de entender a cultura organizacional, orquestrar mudanças quando necessário e guiar a instituição em direção à transparência.

Que tal se inscrever no Women Board Program?

O Women Board Program (WBP) é uma iniciativa inovadora e exclusiva voltada para capacitar mulheres para atuação em conselhos empresariais, impulsionando o protagonismo feminino no mundo corporativo. O projeto é idealizado pela Escola Paulista de Direito (EPD) em parceria com a Mulheres Inspiradoras, maior plataforma de liderança feminina do país, para formação de conselheiras empresariais.

A coordenadora do curso é Giovana Quadros, fundadora da Plataforma Mulheres Inspiradoras, com experiência em mais de 30 países quando executiva de comércio internacional, líder de gênero de ESG do Startup20 do G20 no Brasil, Conselho da FIESP, membro do conselho do Lide Mulher e do Bem Querer Mulher.

Ao todo, o programa é dividido em três módulos, totalizando mais de 100 horas de conteúdo. São eles:

  • Sistemas de Governança Corporativa (Carga Horária: 40h);
  • Inovação e Transformação Digital (Carga Horária: 39h);
  • Competências e Posicionamento para Conselheiras (Carga Horária: 26h)

A iniciativa busca por mulheres que queiram aprimorar seus conhecimentos sobre a atuação em conselhos de administração, que atuem como gestoras das mais diversas áreas empresariais ou profissionais que desejam se preparar para assumir posições estratégicas em conselhos, além de advogadas e consultoras que pretendem se especializar em governança corporativa e liderança feminina.

Para se inscrever basta acessar a página do curso, preencher os dados solicitados ou falar diretamente com um consultor do projeto.

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