Operação Lava Jato: Eike Batista é preso em aeroporto do Rio

·

direito

Nesta segunda-feira (30), o empresário Eike Batista foi preso no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ao desembarcar de um voo vindo de Nova Iorque. Eike foi considerado foragido desde quinta-feira (26), quando policiais não tentaram cumprir o mandado de prisão expedido pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal do RJ e não encontraram o empresário em sua casa.

A prisão de Eike Batista é preventiva, e ele foi encaminhado, inicialmente, ao presídio Ary Franco, na zona norte do RJ, mas depois foi transferido para a Penitenciária Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste da cidade.

Ele vai prestar depoimento aos investigadores da Lava Jato na tarde da terça-feira (31), na sede da Polícia Federal no Rio. O empresário é acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro e de ter pago ao ex-governador Sérgio Cabral propina de US$ 16,5 milhões, o que equivale a cerca de R$ 52 milhões.

De acordo com a apuração da Folha, Eike Batista divide a cela com outros cinco presos, todos presos em fases anteriores da Lava Jato.

Com 60 anos de idade, Eike Batista já foi considerado o homem mais rico do Brasil e o sétimo mais rico do mundo pela revista Forbes, em 2012, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões. Em 2013, os negócios entraram em crise e o empresário começou a deixar o controle das companhias e vender o patrimônio. As empresas do grupo EBX atuam na área de mineração, petróleo, gás, logística, energia e indústria naval.

O pedido de prisão teve como base o relato de dois delatores que afirmaram que pessoas de confiança do empresário teriam participado de reuniões, em 2015, para combinar a entrega de propina ao ex-governador Sérgio Cabral.

Segundo dois delatores, os acertos foram feitos em encontros na casa do ex-governador e de um advogado de Eike. Uma busca e apreensão na residência do empresário encontrou movimentação financeira em nome da Arcadia — empresa que, de acordo com o Ministério Público Federal, foi usada para repassar US$ 16,5 milhões a Cabral em 2011.

Sérgio Cabral foi preso no dia 17 de novembro sob a acusação de cobrar propina em contratos com o poder público. Outras sete pessoas investigadas também foram presas na ocasião.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo