Estar à frente de um departamento jurídico já há alguns anos deixou de significar somente excelência no exercício dos aspectos técnicos do Direito. Se é verdade que o profissional nesse papel precisa ter uma formação sólida, também há elementos que extrapolam os conhecimentos no ramo para que haja sucesso na carreira e contribuições mais relevantes com a empresa para qual se presta o serviço.
O Diretor Jurídico Convencional
O cargo de Diretor Jurídico — que pode variar na nomenclatura para executivo jurídico, head jurídico, entre outras — está, sem dúvidas, na lista dos mais cobiçados por profissionais da área do Direito. Além de benefícios e salários, que podem chegar em torno de 50 salários mínimos, o papel de condutor da área é bastante atraente pela responsabilidade por si só, a experiência e a consolidação da carreira.
Há uma série de pré-requisitos “obrigatórios” para o bom desempenho do papel de executivo à frente de um departamento vital, principalmente para as grandes empresas. O aspirante ao cargo precisa ser um líder nato, ter excelente formação, com cursos de especialização e pós-graduação no currículo; estar em constante atualização, ter conhecimento de outros idiomas e, sobretudo, uma bagagem técnica e emocional que lhe dê sustentação para atuar com credibilidade e assertividade.
Se as habilidades e aptidões acima colocadas já estão um tanto batidas em um mercado extremamente competitivo e exigente, existem outros (e novos) caminhos que podem fazer a diferença na consideração dos presidentes e CEOs de negócios importantes na hora da contratação (ou promoção).
O algo a mais que o mercado procura
O fato novo e diferente neste caso está justamente em se desapegar um pouco das exigências técnicas da profissão. Elas são fundamentais como base, mas o que gabarita um jurista ao cargo de “chefe” é o potencial que ele(a) tem de se incorporar à empresa como um todo, saber ser “interdisciplinar” e oferecer uma posição que de fato some aos negócios.
A partir desse olhar mais holístico e visionário, o Diretor Jurídico passa a contribuir muito além de redações de contratos, práticas burocráticas e aconselhamentos sobre ações legais.
Com esse desenvolvimento apurado em diversas habilidades e áreas, o Diretor Jurídico consegue oferecer mais soluções, estratégias e oportunidades à própria empresa, a seus funcionários e colaboradores e, ainda mais importante, aos clientes.
Como se tornar esse novo Diretor Jurídico?
Ao longo desse texto, o caminho das pedras para o sucesso já foi, de modo superficial, traçado. É preciso estar disposto a, essencialmente, correr em direção a duas frentes:
1) deixar a cabeça aberta à mudanças e inovações, inclusive fazendo parte de ambas;
2) buscar por conhecimentos que vão além da parte técnica do Direito.
Além disso, uma boa dica é procurar mergulhar em saber mais sobre a empresa em que se pretende trabalhar ou até mesmo na que já está empregado, para que se possa aplicar essa maior amplitude de expertises e habilidades.
Tudo isso pode parecer bastante óbvio, mas, acredite, a grande maioria de advogados ainda se prende às velhas concepções de como um departamento jurídico deve se portar, com a imagem ultrapassada de que o campo de atuação se limita a fatores meramente técnicos.
Concorda? Quer contribuir para a discussão e ajudar nessa nova modalidade de gestores jurídicos que veio para ficar? Deixe seu comentário abaixo.
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