O Design Thinking, em tradução livre, é a Forma de Pensar do Design. Tudo bem, mas talvez você esteja pensando: “Mas eu me formei em Direito e não em Design, de que isso me serve?” A resposta: em tudo!
Como dada uma palhinha anteriormente, a ideia que une as estratégias dessa abordagem é colocar o consumidor no centro do negócio e guiar as atividades pensando naquilo que ele espera de nós enquanto empresa. Inúmeras marcas, como Natura e GE Healthcare que aplicaram o Design Thinking, colheram resultados significativos.
Por oferecer uma análise mais sistemática do que os clientes esperam receber e não apenas do que o mercado está fazendo, as empresas que aplicam a abordagem conseguem se destacar e agregar valor às suas marcas, fazendo com que o mercado esteja disposto a pagar mais por seus serviços.
Essa compreensão baseada no Design Thinking, se dá na junção do pensamento criativo com o pensamento corporativo. Ou seja, oferecer soluções personalizadas mas que sejam comerciáveis e rentáveis. Esse entendimento se dá por meio de pesquisas sistemáticas e simulações baseadas nas respostas dos consumidores.
Assim, nunca se esqueça de avaliar o que as pessoas que buscam seu negócio desejam encontrar e em como atender a esses desejos. Confira o tópico a seguir com as etapas a serem seguidas para aplicar o Legal Design Thinking no escritório de Direito ou em sua carreira jurídica.
Como aplicar o Legal Design Thinking?
Agora que estamos esclarecidos quando a aplicação de uma abordagem do Design no Direito, podemos avançar com a consideração de como aplicar tal conceito. Mas, antes de dar seguimento é importante estar consciente em que será necessário sair de trás da escrivaninha e ir atrás de respostas, afinal, a única opinião que importa aqui é a de seu cliente!
Então vamos ao passo a passo do Legal Design Thinking:
Empatia e Compreensão – passo 1;
Chega de avaliar o que seu público espera se baseando apenas em tendências mercadológicas, naquilo que sua concorrência está fazendo ou naquilo que você acredita ser bom; passe a entender o que eles querem perguntando a eles.
Entenda que toda ideia genial começa com base em um problema, então, tente entender qual é o problema de seus potenciais clientes hoje. Aplique pesquisas, escute o que eles falam e não economize esforços em conseguir respostas daqueles que interessam ao seu negócio.
Definir – passo 2;
Com base no banco de dados construído das respostas conseguidas anteriormente, desempenhe visão analítica e defina qual é o problema. Entenda que na maioria das ocasiões, seus clientes não sabem o que querem; assim, tente identificar o que está atrás do óbvio.
Mesmo que mais de um problema seja identificado, é importante selecionar apenas 1 para começar as estratégias. Defina os problemas primários que originam os demais e entenda por onde convém começar.
Idear – passo 3;
Essa é a parte gostosa e toda intuitiva: hora de encontrar soluções! Neste passo você já conhece o seu público e as dores que vem enfrentando. Portanto, sem medo de errar, deixe suas ideias fluírem e sugira soluções.
Depois de desenvolver bastante suas ideias, análise o que é ou não executável e escolha de duas a três para dar seguimento. Ao olhar todas as sugestões, você vai ver que muitas serão descartadas por simplesmente não poderem ser executadas e outras poderão ser embutidas com outras. O exercício é bastante bacana!
Prototipar – passo 4;
Chegou o momento de colocar a mão na massa e aproximar as ideias da realidade, simulando de formas criativas. No Design, por exemplo, quando aplicativos estão sendo criados, sempre são desenvolvidos formas digitais ou físicas que simulem a ideia já em atividade.
Pode parecer complicado, mas não é! Esse passo depende somente de criatividade. Alguns protótipos são formados até mesmo com post-its e podem ser rapidamente montados. Desde que fique próximo a ideia original, não importa os insumos ou meios que serão utilizados para prototipar a sua ideia.
Testar – passo 5;
A importância de deixar o protótipo mais próximo da realidade, é que ele deverá ser testado. Caso o mock-up desenvolvido não esteja semelhante a ideia que realmente deve ser ilustrada a pesquisa será em vão.
Para os protótipos sejam melhor aproveitados e ofereçam visão mais realista, os designers convidam o público-alvo daquele projeto para testar o protótipo. Em seu escritório de advocacia, você pode fazer o mesmo ao procurar soluções baseadas em Design Thinking.
Obrigada por chegar até aqui e demonstrar interesse pelo Legal Design Thinking. Esperamos que essa ideia possa ser bem aplicada em sua trajetória!
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