Na última terça-feira (23), o novo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, criticou a proposta do governo de recriar a CPMF, durante sua posse. Em seu discurso, ele afirmou que a tentativa do governo revela “uma sanha tributária sem limites”.
“Um consumado absurdo, próprio de quem vê o povo famélico e o manda comer brioches”, continuou dizendo também que um tributo só pode ser cobrado sobre a manifestação da riqueza.
“Vos pergunto: que riqueza é essa que a presidente da República vê para tributar em meio a uma das maiores recessões da história deste país?”, completou.
Lamachia também pediu união para tirar do Brasil “do atoleiro em que se encontra”, destacando a “crise política, moral e econômica sem precedentes”. Em boa parte do discurso, também criticou a classe política envolvida em escândalos de corrupção.
Mais à frente, reiterou apelo já feito em favor do afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e pela saída de Delcídio do Amaral (PT-MS) do cargo de senador.
Em outro momento, falou que o Estado brasileiro é “medieval”: “ao invés de trabalhar pelo seu progresso, age como um parasita consumindo todas as forças de seu hospedeiro”. “A economia do país derrete, e a única coisa que se vê são algumas autoridades tentando salvar seus próprios mandatos. Enfim: todos pensam em si mesmos e ninguém pensa na Nação, que hoje mais parece uma nau à deriva”, afirmou.
Por fim, o novo presidente defendeu que uma pessoa só seja punida depois de esgotados todos os recursos na Justiça. A posição contraria recente julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que admitiu o início da execução de uma pena após decisão da segunda instância.
A nova diretoria é formada pelo vice-presidente, Luís Cláudio da Silva Chaves; o secretário-geral, Felipe Sarmento Cordeiro; o secretário-geral adjunto Ibaneis Rocha Barroa Junior; e o diretor tesoureiro Antonio Oneildo Ferreira.
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