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Dobram os registros de acidentes e doenças do trabalho

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Submitted by eopen on qua, 18/07/2018 – 09:24 As notificações de acidentes e doenças do trabalho cresceram 107% entre
2006 e 2007. Os registros passaram de 112.668 para 231.288.Os dados foram levantados pela coordenadora do Laboratório de Saúde
do Trabalhador da UnB (Universidade de Brasília), Anadergh
Barbosa-Branco, com base em números do Ministério da Previdência
Social. O aumento é devido ao sistema do Nexo Técnico Epidemiológico
Previdenciário para caracterizar acidentes e doenças relacionados ao
trabalho, regulamentado pela Previdência Social em fevereiro de 2007.Com a metodologia, os diagnósticos estatisticamente relacionados à
atividade têm ligação automática com o trabalho, mesmo que o empregador
não emita a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). O aumento,
assim, não reflete necessariamente maior número de casos, mas sim
acréscimo nas notificações ao INSS.”Com a metodologia, passamos a ter condições mais objetivas de
traçar estratégias de prevenção”, avalia Remígio Todeschini, diretor do
Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do
Ministério da Previdência Social.Alto registroAs doenças mentais e osteomusculares foram destaques nas
notificações em 2007. A primeira teve um acréscimo de 1.324% nos
registros. A segunda, de 893%.”São doenças com grande relação com o trabalho, mas difíceis de
serem caracterizadas como tal individualmente”, analisa Barbosa-Branco.
De acordo com Mario Bonciani, vice-presidente nacional da Anamt
(Associação Nacional de Medicina do Trabalho), a exigência mental e a
intensidade do trabalho são as causas de problemas como esses.”O trabalhador esquece a piora [dos sintomas], e a reversibilidade
da doença torna-se complicada”, afirma. Ele acrescenta que doenças
osteomusculares, como tendinite, e mentais, como depressão, afetam não
só o ambiente profissional mas também o doméstico.Roberto Angelo Moraes, 31, que é bancário há 16 anos, começou a
sentir os sintomas da lesão por esforço repetitivo nos ombros e nos
punhos em 1998. Após afastar-se e voltar à atividade, ele deixou o
trabalho novamente, por causa da dor.”Com a pressão psicológica que sofri nessa situação, tive depressão”, conta Moraes, que segue afastado do trabalho. Fonte Folha Online

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