Não foram poucas as dificuldades que a pandemia trouxe para a vida dos brasileiros, e o aumento dos aluguéis é certamente um dos que têm trazido dores de cabeça, tanto para proprietários, quanto para inquilinos.
O índice que comumente é usado nos contratos de aluguéis é o IGPM, que atingiu no último ano uma variação acumulada quase nunca vista, além do cenário de diminuição de renda e aumento geral nos produtos. Então, diante desse cenário, a pergunta que tem rondado a cabeça dos inquilinos é: como negociar seu aluguel?
Importante ressaltar que o aluguel não é considerado uma relação de consumo e é regido pela Lei do Inquilinato (8.245). Com isso, os especialistas ressalvam que é importante compreender que o inquilino quer saber como negociar o aluguel, porém do outro lado da negociação existe o proprietário que também tem sofrido com a pandemia e, na maioria das vezes, tem o aluguel como fonte de renda.
Isso faz com que a negociação possa ser delicada e o ponto principal deve ser pensar num acordo que, de alguma forma, beneficie ambos. Vamos ver algumas dicas dos especialistas sobre como negociar aluguel.
1. Busque a negociação somente se for extremamente necessário
Avalie se de fato a queda na sua renda faz jus ao pedido e que já tenha reduzido supérfluos e outros consumos. Para uma negociação desse tipo dar certo, é importante comprovar a diminuição de renda e a real necessidade desta para poder manter as despesas básicas em dia.
2. Mantenha um diálogo aberto para diferentes opções de negociação
É importante, nessa hora de pensar como negociar aluguel, a busca de diferentes propostas, como: redução de percentual pelo período da pandemia, sendo que após esse valor será pago parcelado; redução de percentual, porém aumento do tempo de contrato, ou qualquer outra opção que pareça razoável para as partes. Pensar somente em diminuição do valor pode parecer, para o proprietário, uma proposta que só beneficia o inquilino. Buscar compreender o que o proprietário pensa é essencial nessa tarefa de como negociar aluguel.
3. Procure um intermediário caso seja necessário
Se avaliar que a relação proprietário/inquilino pode ficar abalada pela negociação, busque a imobiliária ou um advogado especialista para intermediar. Além de colaborar com a relação, vai trazer a neutralidade necessária para o tema.
4. Formalize o que foi acordado
Fazer a formalização é a única forma de garantir o que foi acordado entre as partes. Não se pode achar que os acordos “de boca” são garantia. Se a intermediação é feita pela imobiliária, peça para que façam constar no contrato, se for direto entre as partes, peçam ajuda de um advogado.
5. Caso a negociação não dê certo, busque a Justiça
Espera-se que não seja preciso chegar a esse ponto, mas caso o proprietário não aceite nenhum tipo de acordo, e para você seja de fato essencial negociar o aluguel, é possível acionar a Justiça. Não é garantido que o despejo não ocorra ou que a revisão seja aceita, mas é um caminho.
O essencial é, assim que entendido que é preciso negociar o aluguel, que isso seja feito o quanto antes, evitando problemas maiores e desgaste na relação proprietário/inquilino.
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