Muitas vezes conciliar uma situação familiar ou pessoal com os estudos torna-se um impedimento, um peso e até um motivo para desistir dos estudos. Muitos estudantes não sabem como lidar ou como reagir diante de uma situação de perda ou tristeza.
Por isso procuramos a ajuda da psicóloga e psicoterapeuta Renata Fittipaldi, que falou um pouco sobre como superar situações familiares tão difíceis para um estudante. Renata é formada em Psicologia com ênfase em Psicologia Clínica, área que atua desde então.
No caso de perda de familiares é preciso ter maturidade e consciência de que existe um período de luto que varia de indivíduo para indivíduo. “Os fatores familiares sempre influenciam em várias áreas, inclusive nos estudos. No entanto, a vida nunca para, não para para esperar nada, nem melhores dias, nem mudança alguma. É preciso seguir”, completa Renata.
Para reagir a este tipo de situação, segundo a especialista, em alguns casos é necessário o acompanhamento de um profissional, pois isso é uma porta para a depressão que precisa ser tratada da forma correta com o uso de medicamento, caso necessário. A necessidade do medicamento, deve ser identificado e prescrito pelo psiquiatra, pois o psicólogo não prescreve a medicação, ao passo que um tratamento não funciona sem o outro, são dois trabalhos diferentes e que devem seguir a mesma linha.
Quando não estamos bem, psicologicamente, raciocínio é o primeiro a ser afetado e consequentemente o estudo muitas vezes é o primeiro a cair no esquecimento, daí surgem as famosas “pausas”. Renata explica o que fazer. “Isso depende muito de cada um, mas eu não acredito que parar os estudos seja a melhor opção, pois nesta condição o psicológico terá mais tempo de pensar em problemas, o que agravará o um possível quadro depressivo”, afirma a especialista.
Por conta disso precisamos saber trabalhar com a inteligência emocional. Renata explica que estes tipos de situação se refletem fisicamente, geralmente, nas vísceras, ou seja, na região abdominal, em órgãos como estômago e intestino. “Inteligência emocional pode ser aprimorada com treino, como por exemplo, um exercício muito eficaz é a racionalização, ou seja, é preciso transferir as ‘emoções das vísceras’, que é onde costumeiramente somatizamos o processo emocional, e colocar no cérebro, onde devem ocorrer os processos racionais”, completa.
Contudo, podemos concluir que o segredo do sucesso se encontra dentro de cada um, não há uma “receita” a se seguir ou um remédio para tomar, é preciso ter foco e manter o controle da mente o tempo todo sem deixar a produtividade cair.
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