A moradora de Porto Alegre Lenita Ruschel, de 82 anos, tornou-se, na última sexta-feira (22), a primeira brasileira a ter uma propriedade digital de imóvel em seu nome. Dona de uma escola de ballet na capital gaúcha, ela adquiriu 20% de um apartamento no edifício Praça Nilo, no bairro de Petrópolis, e passará a receber o valor proporcional do aluguel.
Em entrevista à editoria regional da globo.com no Rio Grande do Sul, Lenita explicou que já há algum tempo gostaria de investir em um imóvel para locação, mas não tinha o valor total para realizar o desejo. A solução, então, veio de uma proposta de uma imobiliária da região que sugeriu a ela a compra parcial.
O negócio foi todo feito por meio de NFT (non fungible token, ou token não fungível, em português), um selo digital de autenticidade que pode ser usado para bens e itens físicos ou digitais. Para o pagamento, ela usou o PIX, sistema de transferência recentemente implementado no país.
Como funciona
As empresas do ramo Imovelweb e Netspace firmaram uma parceria e lançaram os primeiros imóveis digitalizados no país. Com isso, as escrituras são atreladas a um token criptografado com a mesma tecnologia das criptomoedas, a blockchain. Esse token, então, é comercializado para os interessados. Além do digital do token, o registro também é realizado no cartório convencional para dar mais segurança aos novos proprietários. O diferencial, nesse caso, é a possibilidade da compra parcial da propriedade, a partir de 20% do total.
Por não envolver financiamento e juros, a nova forma de negócios possibilita ao comprador ir adquirindo porcentagens conforme for tendo o dinheiro para tal, sem seguir uma cartilha de parcelas e cobranças e, também, sem ter o compromisso caso esse não seja o objetivo (a compra integral). As frações do token ainda podem ser vendidas, se valorizadas ou não, a qualquer momento pelo dono.
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