Advogado é gravemente ferido por carta-bomba e OAB se posiciona

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Em Goiânia, um advogado foi vítima de uma carta-bomba na última sexta-feira (15). Segundo informações, o profissional perdeu três dedos com a explosão e passou por cirurgia no sábado. Ele não corre risco de morte.

A seccional da OAB goiana contou ao portal G1 que o advogado está consciente, porém sua mão esquerda sofreu muitos dados. “Existe a possibilidade razoável de que ele venha a perdê-la”, disse o presidente.

Em nota, a seccional repudiou o ato e informou que o vice-governador e secretário de Segurança Pública, José Eliton de Figuerêdo Júnior, afirmou que o caso será investigado. De acordo com o Diário de Goiás, a Polícia Civil está procurando a identificação do entregador da encomenda.

A Polícia Militar informou que o mototaxista chegou ao escritório de Walmir às 17h30. A secretária do escritório disse à PM que a carta fazia um barulho igual ao de um relógio. “Walmir de Oliveira da Cunha é um atuante advogado na área do Direito Agrário e sempre se pautou na conduta ética em suas ações”, disse a OAB-GO.

O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia, afirmou que a entidade acompanhará as investigações atentamente. “A Ordem dos Advogados do Brasil não admite que advogadas e advogados sofram qualquer tipo de represália ou constrangimento por causa do exercício da advocacia. Não existe Estado Democrático de Direito sem uma advocacia forte, capaz de fazer valer os direitos e garantias dos cidadãos.”

Destacou também que a violência contra a advocacia não é algo novo, lembrando do assassinato de um advogado em Santa Catarina no começo deste ano. “É preciso lembrar que a violência contra advogados não se manifesta apenas com agressões físicas. O grampo em conversas telefônicas entre advogados e seus clientes é uma forma violenta de atacar a advocacia e também de afrontar a Constituição.”

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