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Parte não pode atuar no TST sem advogado

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O Pleno do Tribunal Superior do Trabalho negou, nesta terça-feira (13/10), por 17 votos a 7, o jus postulandiem matérias que tramitam na corte. A prática consiste na atuação de uma
das partes no processo, em causa própria, sem a representação de um
advogado.Ela tem sido usada nas Varas do Trabalho, onde começam os processos,
e nos Tribunais Regionais do Trabalho, locais em que são apreciados os
Recursos Ordinários. A partir daí, quando há recurso ao TST, não mais
estão em discussão aspectos relacionados com os fatos e provas da ação,
mas sim questões técnicas e jurídicas do processo. O que esteve em
discussão nesta terça foi exatamente a possibilidade de a parte
continuar a atuar em causa própria no TST.Para Ophir Cavalcante Junior, designado pela OAB para a defesa da
extinção do mecanismo junto ao TST, “a decisão de afastar o jus
postulandi foi uma grande vitória da advocacia e da cidadania
brasileira, que vê respeitado o equilíbrio verdadeiro do processo”.Em sua sustentação feita perante os ministros do TST, Ophir defendeu o afastamento do jus postulandie questionou que tipo de Justiça se desejava para o país: “uma Justiça
de faz de conta, uma de meras estatísticas ou uma que aplique
efetivamente os princípios do acesso à Justiça, do contraditório e da
ampla defesa?”, questionou. “Esses princípios só são respeitados com a
presença do advogado, com a garantia à parte de que ela terá a melhor
defesa técnica possível. Só o advogado está preparado para manejar esse
tipo de recurso”, enfatizou o advogado.A matéria já havia sido votada pela Seção Especializada em Dissídios
Individuais (SDI-1), quando o então relator, ministro Milton de Moura
França, atual presidente do tribunal, manifestou-se pela
impossibilidade de adotar o jus postulandi no âmbito do TST.
O ministro Brito Pereira abriu divergência. E foi seguido por outros
colegas da SDI-1. Com isso, a discussão acabou sendo remetida ao Pleno,
por sugestão do ministro Vantuil Abdala. Ele propôs a votação de um
incidente de uniformização de jurisprudência, instrumento pelo qual o
TST adota um posicionamento único sobre determinado assunto.No Pleno, coube ao ministro Brito Pereira assumir a relatoria. Ele
manteve seu entendimento, adotado na SDI-1, ou seja, a favor do jus postulandi no TST. Prevaleceu, no entanto, o voto em sentido contrário, do ministro João Oreste Dalazen, vice-presidente do TST. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.E-AIRR e RR 85581/03-900.02.00-5 Fonte Consultor Jurídico

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