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Mentoria para advogados: você sabe o que é?

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Mentorizar”, o verbo e “mentorização”, o substantivo, não estão nos dicionários tradicionais, mas já são termos bastante recorrentes na atualidade. Entre os empresários, empreendedores e advogados, mais ainda. O termo e o trabalho de “mentoria”, vem ganhando força, pois, além de conectar talentos e construir networking, ajuda as pessoas a atingirem resultados de maneira simples e direta.

O trabalho do mentor é, basicamente, auxiliar os mentorandos a analisar o próprio negócio, a própria carreira e as decisões profissionais que precisam tomar. Resumidamente, o mentor usa sua própria experiência para ajudar quem precisa a não cometer os erros que ele mesmo já cometeu algum dia – e, claro, aprendeu com eles.

O termo “mentoria” tem sua origem associada a mitologia grega. Na obra “Odisséia”, de Ulisses, o personagem consulta um sábio chamado Mentor para ajudá-lo a educar seu filho.  Sendo assim, podemos imaginar a figura do mentor como um professor ou um mestre, alguém que ajuda os mais novos ou iniciantes a aprender algum ofício.

No mundo jurídico funciona mais ou menos da mesma forma.

Advogados experientes, com muitos anos de carreira, estão ajudando os profissionais mais novas a traçarem um caminho de sucesso. Eles são como coachs, que treinam e ajudam os coachees a direcionarem a carreira, analisar um processo, gerir escritórios, conseguir mais clientes, enfim, em todos os aspectos da carreira jurídica.

O mais interessante, no entanto, é que está havendo um processo de “mentoria reversa”. Segundo advogado norte americano, Stephen Embry, essa troca de informação e conhecimento pode ser extremamente proveitosa para as duas partes, “especialmente porque a advocacia está passando por mudanças significativas de antigos costumes e procedimentos, que afetam nossa maneira de trabalhar”.

Segundo Embry, os advogados mais novos podem auxiliar os mais experientes no uso das novas tecnologias e processos digitais que agilizam a rotina e colaboram para o bom desempenho da função. Os advogados mais novos seriam responsáveis por ensinar sobre a evolução do local de trabalho, novos comportamentos sociais, como atrair novos talentos e clientes através dessas novas tecnologias e também sobre motivação, determinação e novos valores.

Os mais novos, em contrapartida, aprenderiam sobre o exercício da profissão, contato com clientes, juízes, promotores e outras autoridades, práticas estratégicas, estudos de caso, postura em tribunais e conduta de situações críticas.

Esse tipo de mentoria tem se tornado cada vez mais popular porque, de fato, oferece resultados práticos e rápidos. Está cada vez mais comum a figura do mentor que, na maioria das vezes, se ocupa dessa função além da função “formal” que já exerce. Em outras palavras, a mentoria, em muitos casos, é o segundo emprego desses profissionais, exercendo, muitas vezes, papel importante na geração ou complementação de renda.

Em ambos os casos, é importante frisar, o advogado mentor precisa ser um profissional dedicado e em constante busca por atualização. A educação continuada, nesse caso, é fundamental. Buscar conhecimento e evolução nas áreas de interesse dentro do direito e se especializar num ramo específico, podem ajudar o profissional a se tornar um mentor.

Imagine que um grande advogado especialista em tributos se ofereça para ajudar alguém que está, por exemplo, participando de um processo seletivo para uma grande empresa de consultoria? E se esse grande advogado estivesse precisando de ajuda para aprender novas ferramentas ou novos processos para agilizar a gestão de seu próprio escritório?


Sem dúvida, essa oportunidade seria enriquecedora para ambas as partes, certo?

Aproveite esse novo horizonte da profissão para se dedicar a aprender novos conceitos ou se especializar em alguma área com total flexibilidade de horários e estudando de onde estiver. Conheça os cursos de extensão e pós-graduação a distância da Escola Paulista de Direito.

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